30/11/09

As Fábulas - características e autores


CARACTERÍSTICAS:

A fábula é um género narrativo que surgiu no Oriente, mas foi particularmente desenvolvido por um escravo chamado Esopo, que viveu no século VI a.C., na Grécia antiga.
Esopo inventava histórias em que os animais eram os personagens, que se tornavam exemplos para o ser humano. Cada bicho simboliza algum aspecto ou qualidade do homem: por exemplo, o leão representa a força; a raposa, a astúcia; a formiga, o trabalho etc.

A temática é variada e trata assuntos como a vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a astúcia e a derrota de preguiçosos.

A fábula é, pois, uma narrativa inverosímil, com intenção didáctica. Por meio dos diálogos entre os bichos e das situações que os envolviam, a fábula pretende transmitir sabedoria e uma moral. As fabulas são narrativas curtas, nas quais os personagens são animais, que mostra sempre, no final, uma lição de moral!

PRINCIPAIS AUTORES DE FÁBULAS:

Esopo foi o primeiro grande autor de fábulas, na Grécia Antiga. Em Roma, no séc. I., Fedro também foi grande autor.
La Fontaine foi outro grande fabulista, vivendo em França, no séc. XVII.
Em Portugal, os principais autores de fábulas foram Sá de Miranda (séc. XVI) e Bocage (séc. XVIII). 

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29/11/09

As Lendas - características e tipos de lenda (ppt)

Sobre as lendas, já aqui disponibilizei uma ficha informativa. Para completar o teu estudo, consulta este PowerPoint:





25/11/09

As lendas - origem, características e classificação


Como sabes, as lendas fazem parte da chamada Literatura Oral e tradicional. O seu autor é o povo, que as transmitiu oralmente de geração em  geração, e só mais tarde é que alguns autores as passaram para a forma escrita.

CARACTERÍSTICAS DAS LENDAS:

* Ao contrário do conto tradicional, a lenda baseia-se em factos reais que são depois transformados pela imaginação. Há, pois, uma mistura de realidade e fantasia.
* A maior parte das lendas enquadra-se num espaço e num tempo determinado.
* As personagens também são reduzidas, mas, na maior parte das vezes, estão identificadas pelo nome.

CLASSIFICAÇÃO DAS LENDAS:

Podemos identificar alguns tipos de lendas:
a) Lendas religiosas – são narrativas cristãs onde Jesus Cristo e Maria intervêm na vida dos humanos.

b) Lendas mitológicas – são contadas em certas localidades e abordam factos que, segundo o povo, tiveram intervenções do diabo, de fantasmas, de gigantes, de bruxas, de sereias, de feiticeiras ou de monstros.

c) Lendas históricas – referem-se a personagens da História de um país, locais ou monumentos históricos. Por vezes,  são contadas de uma forma exagerada, extraordinária e simbólica (como por exemplo, a lenda da Padeira de Aljubarrota).

d) Lendas etimológicas – são aquelas que estão na origem de nomes de povoações ou lugares (como por exemplo a lenda da Ilha da Madeira).

e) Lendas de mouros e mouras – estão associadas ou à morte ou à prosperidade. Na acção quase sempre  as mouras aparecem a pentear-se ao luar com um pente de ouro. Estas lendas retratam a época da ocupação árabe da Península Ibérica.


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12/11/09

O VERBO - pessoa, número, tempo, modo e conjugações

Os verbos são palavras que indicam uma acção. Variam em:

PESSOA

  • 1ª - eu / nós
  • 2ª - tu / vós
  • 3ª - ele (ela) / eles (elas)



NÚMERO:

  • Singular - eu, tu, ele, (ela)
  • Plural - nós, vós, eles (elas)



TEMPO:

  • Presente - a acção passa-se no momento em que se fala. (falo)
  • Pretérito - a acção passou-se antes do momento em que se fala. (falei)
  • Futuro - a acção passar-se-á depois do momento em que se fala. (falarei)



MODO:

  • Indicativo - quando encaramos a acção como uma certeza. (como)
  • Conjuntivo - quando encaramos a acção como uma dúvida, uma incerteza, uma possibilidade. (que eu coma)
  • Imperativo - quando pretendemos dar uma ordem, um conselho. (come) 
  • Condicional - quando a acção está dependente de outra acção. (comeria)
  • Infinitivo - quando a acção é apresentada de uma forma geral, indeterminada, abstracta. (comer)



CONJUGAÇÕES:

  • Retirando ao infinitivo a terminação r, obtém-se o tema do verbo: lava(r), come(r), dormi(r).
  • À última vogal do tema dá-se o nome de vogal temáticalav(a), com(e)dorm(i).
  • Retirando ao tema a vogal temática, encontramos o radical do verbolav(a), com(e), dorm(i)


  • 1ª conjugação - verbos cuja vogal temática é a lavar
  • 2ª conjugação - verbos cuja vogal temática é e comer
  • 3º conjugação - verbos cuja vogal temática é i dormir


  • Verbos regulares - os que mantêm os seu radical em todos os tempos verbais: canto, cantei, cantava ...
  • Verbos irregulares - aqueles em que o radical varia nos diversos tempos verbaisdigo, disse, dizia, direi ...

10/11/09

Os contos tradicionais - origem e características

ORIGEM: Antigamente, as pessoas, nos seus serões, contavam histórias irreais ou  verídicas, pois não tinham outra diversão. Geralmente essas histórias eram contadas à lareira.
O conto popular teve origem não nas camadas mais cultas da sociedade, mas sim no povo. Talvez venha daí o facto de não ser escrito, pois as pessoas, geralmente, não sabiam ler.
As pessoas mais velhas são os agentes de transmissão do conto. São elas que, normalmente, transmitem esses contos aos seus netos. Assim, o conto vai de geração em geração e muitas vezes é alterado, pois “Quem conta um conto acrescenta um ponto”.
O conto é pois, uma narrativa com raiz na tradição oral. O seu relato ocorria, em geral, num ambiente comunitário, ao serão.

CARACTERÍSTICAS: O conto prende-se pois, com o povo e com a população mais rural, menos «letrada».
A estrutura, basicamente, desenvolvia-se em cinco momentos:
          . a  apresentação da situação;
          . o acontecimento perturbador;
          . os acontecimentos e peripécias passados pelo herói
          . o desaparecimento do motivo perturbador
          . a conclusão.

As personagens principais são, de um modo geral, anónimas e poucas, envolvendo classes sociais diferentes; reduzem-se muitas vezes a  três elementos: a heroína, o herói e  o elemento representativo do mal (fada, bruxa ou velha).

O espaço e o tempo são muito vagos ou quase nulos; são indefinidos e indeterminados.

O encantamento e a simbologia dos nomes e dos números impõem-se no evoluir das histórias (é constante a referência ao número três). Uma das características do conto é a presença do maravilhoso: é característico haver dragões, fadas, feiticeiras, bruxas...

Os contos também têm uma característica muito importante: a moralidade (que muitas vezes pode ser expressa em provérbio). Nela assistimos sempre ao triunfo do Bem sobre o Mal.
Os contos que, normalmente, são contados às crianças são muito importantes, pois têm uma dupla função, lúdica e didáctica, ou seja, elas podem divertir-se e aprender ao mesmo tempo. Destinavam-se, sobretudo, a passar uma mensagem moralizadora, mas também a divertir e entreter o núcleo familiar, os amigos e vizinhos.

EVOLUÇÃO: O conto passa a ser reconhecido literariamente como género narrativo bastante tardiamente. Mas já no séc. XVI, em França, Perraut reunira alguns contos tradicionais, passando-os às à escrita. No séc. XIX, os Irmãos Grimm, em Inglaterra, ou Teófilo Braga e Almeida Garrett, em Portugal, fizeram o mesmo, publicando muitas histórias que até aí não tinham sido escritas. No entanto, mantém características de conto popular como, por exemplo, a curta extensão, o teor moralizante, a concentração do espaço e do tempo e o número reduzido de personagens.


NOTAS:

  • Para imprimires este texto, carrega AQUI.
  • Carrega AQUI para realizares um exercício interactivo sobre os contos tradicionais.
  • Se carregares AQUI, poderás ver um PowerPoint com as características dos contos tradicionais.
  • Para fazeres download de alguns contos tradicionais de Teófilo Braga, carrega AQUI



LITERATURA ORAL E TRADICIONAL

Desde os tempos mais antigos que em todos os continentes surgiram histórias criadas pelo povo que eram depois contadas oralmente de geração em geração. Essas histórias, de origem popular, muitas vezes passaram de umas regiões para as outras, através dos mercadores e outros viajantes. O conjunto desses textos transmitidos oralmente constitui a literatura oral e tradicional.
A dada altura, alguns escritores e investigadores passaram para escrito esses textos, de origem anónima e conservados na memória popular, fixando-os em livro, para que não se perdessem.

Por exemplo, no séc. XVI, Perrault, e no séc. XIX, os Irmãos Grimm, recolheram e publicaram muitas dessas histórias.
Em Portugal, escritores como Almeida Garrett, Teófilo Braga, ou José Leite de Vasconcelos dedicaram grande parte da sua vida a recolher e publicar contos populares e outros textos da literatura oral e tradicional.

De entre os diversos tipos de textos que constituem esse património oral, destacamos:

Conto Tradicional - narrativa inventada pelo povo, breve e simples, transmitida oralmente e com uma finalidade lúdica e moralizante. Grande parte dos contos recorre ao maravilhoso, apresentando muitos elementos simbólicos.

Provérbio - também conhecido por ditado popular, é uma frase, sob a forma de máxima ou sentença, que transmite um saber e/ou encerra uma moral, sendo transmitida de geração em geração pela via oral.

Lengalenga - texto lúdico, de extensão variável, geralmente rimada, facilitando, assim, a sua memorização.

Adivinha - enigma que consiste num jogo de palavras, com vista a encontrar uma solução.

Quadra Popular - poema com quatro versos, de origem popular, com finalidade lúdica ou satírica, recorrendo a repetições e rimas, de forma a facilitar a sua memorização.

Lenda - narrativa transmitida oralmente, de geração em geração, que assenta em factos reais modificados pela fantasia. Resulta, pois, de uma mistura de realidade e fantasia. Pode possuir um fundo histórico, destinar-se unicamente à explicação de um facto geográfico ou explicar a origem de lugares.

Fábula - narrativa breve e simples, em verso ou em prosa, em que as personagens são animais ou seres inanimados. Têm uma função lúdica e moralizante, pois pretende representar as qualidades e os defeitos do ser humano. Fedro, Esopo, La Fontaine, Bocage e João de Deus são alguns dos fabulistas mais conhecidos.

*DOWNLOAD DESTE TEXTO EM PDF, AQUI.

16/10/09

A Banda Desenhada e suas características (ppt)

PowerPoint sobre a banda desenhada e suas características:



Nota: Para saberes mais sobre a Banda Desenhada e a sua história, carrega AQUI

29/09/09

A NOTÍCIA

Em termos genéricos, podemos definir noticia como sendo uma narrativa curta, de um acontecimento actual com interesse geral.
  • Narrativa curta - dizer apenas o essencial para captar a atenção do leitor 
  • Acontecimento actual - o que acontece ou aconteceu é conhecido no espaço de 24 horas.
  • Interesse geral - que desperta a curiosidade e atenção do público a que se destina.

ESTRUTURA DA NOTÍCIA

A notícia deverá ser escrita de forma a possibilitar uma leitura rápida. Consideremos como notícia tipo a que apresenta a seguinte estrutura: 

Título - (pode, eventualmente, ter também antetítulo e / ou subtítulo)

Lead – corresponde ao primeiro parágrafo do texto, que pode ou não ser destacado graficamente e que deverá conter as informações essenciais, respondendo sempre que possível às perguntas:
- Quem ? (quem participa na notícia)
- O quê? (o que aconteceu, acontece ou vai acontecer)
- Onde? (local onde aconteceu)
- Quando? (dia, hora,)
Corpo da noticia – corresponde aos restantes parágrafos do texto. É o desenvolvimento da notícia, no qual deverão estar  as respostas às questões:
- Como? (contar como aconteceu a notícia)
- Porquê? (porque aconteceu a notícia)

Mais algumas características:
  • As frases devem ser curtas com uma estrutura básica de sujeito - predicado -complemento, ou seja, deve seguir o princípio "uma frase -uma ideia".
  • O jornalista deve evitar os adjectivos, utilizando sobretudo os substantivos e os verbos.
  • O jornalista não deve dar a sua opinião sobre o que conta; deve limitar-se a contar o que aconteceu.
  • Quando a notícia é sobre uma disputa  entre pessoas ou instituições, o jornalista deve mostrar a opinião dos dois, para deixar que o leitor decida sobre quem tem razão.
  
VERSÃO DESTE TEXTO EM PDF,  AQUI

exercício sobre a notícia: AQUI


OS SUBSTANTIVOS - subclasses e flexão em género, número e grau

OS SUBSTANTIVOS (OS NOMES)

DEFINIÇÃO: Os substantivos ou nomes são palavras que usamos para nomear pessoas, animais, objectos, países, cidades...
Exemplo: João rapaz floresta Portugal Lisboa ...

1 - VARIAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS EM GÉNERO
Os nomes podem pertencer ao género masculino ou ao género feminino :
     - são masculinos se antes deles colocarmos os artigos o, os, um, uns.
     - são femininos se antes deles colocarmos os artigos a, as, uma, umas.

FORMAÇÃO DO FEMININO

* A maior parte dos nomes forma o feminino mudando o o para a ou acrescentando um a.
     Ex.: amigo / Amiga
* Alguns nomes apresentam palavras diferentes para o masculino e para o feminino.
     Ex.: pai / mãe
* Alguns nomes são iguais no masculino e no feminino.
   Distinguem-se por levar antes o ou a.
      Ex.: o bebé / a bebé
* Alguns nomes formam o feminino mudando as terminações para: -esa , -essa, -isa.
      Ex.: poeta / poetisa    príncipe / princesa

NOMES TERMINADOS EM -ÃO
* Alguns mudam o ão para oa.
       Ex.: leão / leoa
* Alguns mudam o ão para ã.
       Ex.: irmão / irmã
* Alguns nomes mudam o ão para ona.
       Ex.: comilão / comilona
* Mas há excepções: espião - espia,  ladrão - ladra

2 - VARIAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS EM NÚMERO
Os nomes, para além de variarem em género, também variam em número.
O número indica-nos se nos referimos a um só elemento (singular) ou a vários elementos (plural)
          Livro- um só - nome no singular.
          Livros- mais do que um - nome no plural.

FORMAÇÃO DO PLURAL DOS NOMES
*Regra Geral: Acrescenta-se um  s  aos nomes terminados em vogal.
       Ex.: Bola/Bolas Rei/Reis
* Quando as palavras terminam em consoante acrescenta-se es.
       Ex.: Flor/Flores  Avestruz/Avestruzes
* As palavras terminadas em al, el, ol, ul, trocam o l por is.
       Ex.: Jornal/Jornais  Caracol/Caracóis  Azul/Azuis
* As palavras terminadas em il mudam o l para s.
       Ex.: Funil/Funis  Barril/Barris
* As palavras terminadas em m fazem o plural com ns.
       Ex.: Nuvem/Nuvens  Atum/Atuns
* As palavras terminadas em ão fazem plural de três formas: ãos, ões, ães.
        Ex.: Mão/Mãos  Leitão/Leitões  Pão/Pães
* Os nomes constituídos por mais de uma palavra formam o plural de modos diferentes.
        quarta-feira / quartas-feiras     Couve-Flor / Couves-Flores
        Pão-de-Ló / Pães-de-Ló           Guarda-Chuva / Guarda-Chuvas
        Pai-Natal / Pais-Natal
* Algumas palavras não mudam o plural.
       Ex.: o cais/os cais o lápis/os lápis

3- VARIAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS EM GRAU

GRAU DIMINUTIVO                    GRAU NORMAL           GRAU AUMENTATIVO
         casinha                                        casa                     casarão
       terminação:                                                                    terminação:
        -inho(a), -zinho(a), -ito(a), -oto(a)                                     -ão, -orra, aço.

4 - SUBCLASSES DOS SUBSTANTIVOS:
Os nomes (substantivos) estão divididos em:
*Nomes comuns / Nomes próprios -
  Nomes comuns - quando se referem a seres da mesma espécie.
        Ex.: Rapaz (refere-se muitos seres).
  Nomes próprios - referem-se a um ser em particular. Escrevem-se com letra maiúscula.
        Ex. João, Maria
*Nomes concretos / Nomes abstractos
  Nomes concretos - referem-se a realidades físicas, palpáveis.
        Ex. cadeira, mesa, flor
 Nomes abstractos - designam realidades onde não consigo tocar
       Ex. pensamento, felicidade
*Nomes colectivos
  Nomes colectivos - Quando se referem a um conjunto de seres da mesma espécie.
      Ex.: floresta (conjunto de árvores).

 *
NOTA: se carregares AQUI encontrarás três exercícios interactivos onde poderás aplicar os conhecimentos que adquiriste sobre os substantivos.

16/06/09

CLASSES DE PALAVRAS

Na língua portuguesa, as palavras estão agrupadas em classes. E quais são as classes de palavras da nossa língua? 

Vamos vê-las agora com mais pormenor?




10/05/09

Texto Poético: Noções de Versificação (ppt)

PowerPoint sobre o Texto Poético, com algumas noções de versificação:





25/04/09

Texto Dramático - Algum Vocabulário de Teatro

Ficha informativa sobre Texto Dramático, com algum vocabulário de teatro. Imprime-a e guarda-a no teu portefólio. Bom estudo!


18/04/09

As Características do Texto Dramático

O TEXTO DRAMÁTICO:

O texto dramático é um tipo de texto que é escrito para ser representado. Normalmente não tem narrador e nele predomina o discurso na segunda pessoa (tu/vós). Além deste tipo de discurso, o tecto dramático pressupõe o recurso à linguagem gestual, à sonoplastia e à luminotécnica.
É composto por dois tipos de texto:

- Texto principal, as falas dos actores. É constituído por:
  • Monólogo – uma personagem, falando consigo mesma, expõe perante o público os seus pensamentos e/ou sentimentos;
  • Diálogo – falas entre duas ou mais personagens;
  • Apartes – comentários de uma personagem para o público, pressupondo que não são ouvidos pelo seu interlocutor.

- Texto secundário (ou didascálias, ou indicações cénicas) destina-se ao leitor, ao encenador da peça ou aos actores.

O texto secundário é composto:
  • pela listagem inicial das personagens;
  • pela indicação do nome das personagens no início de cada fala;
  • pelas informações sobre a estrutura externa da peça (divisão em actos, cenas ou quadros);
  • pelas indicações sobre o cenário e guarda roupa das personagens;
  • pelas indicações sobre a movimentação das personagens em palco, as atitudes que devem tomar, os gestos que devem fazer ou a entoação de voz com que devem proferir as palavras;


ESTRUTURA INTERNA E EXTERNA

Estrutura externa – o teatro tradicional e clássico pressupunha divisões em actos, correspondentes à mudança de cenários, e em cenas , equivalentes à mudança de personagens em cena.
O teatro moderno, narrativo ou épico, põe de parte estas regras tradicionais de divisão na estrutura externa.

Estrutura interna – uma peça de teatro divide-se em:
  • Exposição – apresentação das personagens e dos antecedentes da acção.
  • Conflito – conjunto de peripécias que fazem a acção progredir.
  • Desenlace – desfecho da acção dramática.

PERSONAGENS

Classificação quanto à sua concepção:
- Planas ou personagens-tipo – não alteram o seu comportamento ao longo da acção. Representam um grupo social, profissional ou psicológico);
- Modeladas ou Redondas – evoluem ao longo da acção, as suas atitudes e comportamentos vão-se alterando e, por isso mesmo, podem surpreender o espectador.

Classificação quanto ao relevo:
- protagonista ou personagem principal
- personagens secundárias
- figurantes


Tipos de caracterização:
Directa – a partir dos elementos presentes nas didascálias, da descrição de aspectos físicos e psicológicos, das palavras de outras personagens, das palavras da personagem a propósito de si própria.
Indirecta – a partir dos comportamentos, atitudes e gestos que levam o espectador a tirar as suas próprias conclusões sobre as características das personagens.

ESPAÇO

Espaço – o espaço cénico é caracterizado nas didascálias, onde surgem indicações sobre pormenores do cenário, efeitos de luz e som. Coexistem normalmente dois tipos de espaço:
Espaço representado – constituído pelos cenários onde se desenrola a acção e que equivalem ao espaço físico que se pretende recriar em palco;
Espaço aludido – corresponde às referências a outros espaços que não o representado.

TEMPO

Tempo da representação – duração do conflito em palco;
Tempo da acção ou da história – o(s) ano(s) ou a época em que se desenrola o conflito dramático;
Tempo da escrita ou da produção da obra – altura em que o autor concebeu a peça.

INTENÇÕES DO AUTOR

Quando escreve uma peça de teatro, o dramaturgo pode ter uma intenção
Moralizadora (distinguir o Bem do Mal);
Lúdica ou de evasão (entretenimento, diversão, riso);
Crítica em relação à sociedade do seu tempo;
Didáctica (transmitir um ensinamento.

FORMAS DO GÉNERO DRAMÁTICO
• Tragédia
• Comédia
• Drama
• Teatro Épico
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NOTAS:
- para teres este texto num documento em PDF, carrega AQUI

- para veres um PowerPoint sobre as características do texto dramático, carrega AQUI.